10 de novembro de 2010

Dom Quixote vira livro eletrônico interativo com YouTube e Facebook

Interfaz del Quijote interactivoDom Quixote acaba de ser disponibilizado como livro interativo pela Biblioteca Nacional da Espanha (BNE), após o trabalho de digitalização que enfeitou a obra-prima espanhola com mapas e ilustrações da época.

A primeira edição do romance do "engenhoso fidalgo" da obra de Miguel de Cervantes (1547-1616), data de 1605 e 1615 em Madri e que agora, quatro séculos depois, pode ser lido como qualquer e-book, virando as páginas da tela, trocando o tipo de letra ou seu tamanho.

A novidade é que no trabalho de digitalização das 1.282 páginas da edição foram acrescentados diversos complementos para tirar mais proveito da obra. Estão incluídos mapas interativos de rotas com os itinerários das viagens de Dom Quixote, uma cronologia de fatos relativos à obra, seu contexto - a vida no século XVII, os livros de cavalaria
 - e seu autor, referências a outros livros da Biblioteca Nacional, ilustrações e gravuras da época e links para enviar trechos por e-mail ou Facebook. Além disso, é possível ouvir música e até "o som real das páginas" ao serem viradas.

À iniciativa sobre a obra-prima da literatura espanhola soma-se a apresentada Academia Real Espanhola da Língua (RAE) e pelo Youtube, que permite que internautas do mundo todo exponham nesse site vídeos com a leitura do livro.

7 de novembro de 2010

Klout mede nível de influência no Twitter

Você sabe quem são as pessoas mais influentes ou os tópicos mais quentes do mundo virtual? Será que o hollywoodiano aficionado do twitter Ashton Kutcher (@aplusk) influencia mais gente no Brasil que a ex-BBB Tessália (@twittess)? Eles são desconhecidos do grande público mas no twitter três dos quatro maiores "influenciáveis" usuários do mundo são do Brasil (por ordem de classicação): @VouConfessarQue, @LevanteaMao e @Sinceridades. Eles só perdem para o novo star da música pop-teen Justin Bieber @justinbieber 

O Klout é quem está computando tudo o que se passa na internet e criando uma pontuação de autoridade aos mais influenciáveis das redes sociais. Eles entendem isto como uma redefinição e mudança do monopólio da quantidade pelo da qualidade. Comece a entender esta intrincada engenharia digital na matéria abaixo que traduzi do jornal Globe and Mail:


Nas mudanças rápidas que acontecem no mundo da mídia social, a influência é cada vez mais importante e as empresas começam a prestar mais atenção em quem está conduzindo as conversações ao invés do número de conversas que estão acontecendo.

Em muitos casos, há mais ênfase na quantidade do que na qualidade.

Uma iniciativa recente que está atraindo muita atenção na influência do "ecossistema" é o Klout.com, que utiliza algoritmos sofisticados e análise semântica para medir a influência de pessoas e temas na web.

Klout estabeleceu uma forte posição dentro da esfera de influência com um serviço gratuito que mede a influência das pessoas no Twitter, dando-lhes uma pontuação de 0 a 100. A empresa recentemente expandiu o serviço para o Facebook, e planeja adicionar LinkedIn e Foursquare até o final do ano.

Recentemente, tive a oportunidade de entrevistar o fundador do Klout Joe Fernandez sobre o crescimento da empresa e do interesse crescente influência.

Binh Tran and Joe Fernandez da Klout

Conte-me sobre como e porquê fundou o Klout?

Já em 2007, eu usei o Twitter por um tempo. Eu gostei, mas eu fiz uma cirurgia maxilar e minha mandíbula estava completamente paralisada. Durante três meses, era a minha única forma de comunicação. Isto me fez mudar a forma como estava olhando para uma nova mídia, e como era louco saber instantaneamente as opiniões das pessoas que eu mais confiava, sobre um restaurante ou qualquer outra experiência que elas estavam tendo.

Ainda mais surpreendente de tudo isso era que todos esses dados estavam disponíveis. Enquanto minha mandíbula estava paralisada, eu estava obcecado com a idéia de construir a versão alfa do Klout, que era muito rudimentar – colocando dados no Excel. Eu havia co-fundado grandes companhias de dados e tinha essa experiência. Eu não sabia o que o Klout poderia ser, mas eu sabia que esses dados eram interessantes, e independentemente se eram marketeiros ou pessoas comuns desejando conhecer os seus próprios efeitos, isto era interessante.

Você está surpreso com o foco, se não obsessão, com a influência? Como você explica esta tendência?

Nós certamente não estamos reclamando. Eu adorei saber que a tendência mudou. As pessoas fariam um monte de contas antes – seguidores, menções... Mas eu acho que o mercado vai mais rápido e eficiente ao ponto quando as pessoas percebem que a qualidade importa! Nós acreditamos que o que estamos fazendo em compreender o valor da rede de relacionamento dos clientes, é saber o valor de ter 100 pessoas falando sobre sua marca, pessoas essas que não são realmente relevantes, contra ter duas ou três pessoas que têm muita autoridade e influência comentando sobre a sua marca.

Como tem evoluído o Klout?

Sempre houve a pontuação Klout. Era algo digerível para os consumidores ou marcas, e realmente fiquei focado em fazer essa pontuação o padrão. Mesmo antes que o site estavisse em beta público, tínhamos algumas empresas API que estavam usando. Obter distribuição em torno dessa pontuação, refinar a qualidade da pontuação, e torná-la padrão se tornou nosso objetivo. Até este chegar, uma das missões fundamentais da empresa tem sido tornar-se a contagem padrão da influência online.

Qual é o modelo de negócios da Klout?

Estamos ainda em fase experimental. Estamos jogando com um monte de modelos diferentes. Nós estamos ainda mais centrados nos desafios da tecnologia de processamento dos dados que estamos tratando... Há quase 850 empresas que estão utilizando nossa (interface), e menos de 10 estão pagando por isso. As maiores empresas estão batendo em nosso sistema, mas nós ensejamos no lançamento de uma grande variedade de serviços especiais pagos.

Mark Evans (tradução Hudson Moura)
Especial para Globe and Mail

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