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Neste belo livro de Gabriela Borges temos um Beckett exposto. Sim, porque a autora nos apresenta, juntamente com sua arguta análise, o fazer constitutivo da estética televisiva do autor. Praticamente desconhecido do público brasileiro, posto que nunca divulgado ou publicado aqui, esse material de trabalho backettiano mostra-se rico e útil para todos aqueles que pensam a TV – seu modo narrativo, segundo um molde mais inteligente. André Bazin, ao comentar o trabalho de Tati, disse que “jamais, sem dúvida, os aspecto físico da palavra, sua anatomia, havia sido posto tão claramente em evidência”. Podemos, sem dúvida alguma, estender essa colocação, no caso de Beckett, aos modos de vários e inusitados de dispor os elementos que compõem a linguagem da TV. A carnalidade do constructo televisivo é por ele desnudada de forma criativa, instigante. Pensa-se Bekett e pensa-se TV. Gabriela Borges, com este estudo, preenche uma lacuna no nosso conhecimento das inúmeras ‘buscas’ empreendidas no campo das artes audiovisuais pelo grande romancista e teatrólogo, com uma leitura atenta aos múltiplos caminhos por ele percorridos, aqui dispostos à espera de novas reflexões. (Josette Monzani)
Sumário sintetizado
Apresentação - Arlindo Machado
Capítulo 1 - Beckett: artista miltimídia
1.1 A desconstrução da linguagem
1.2 As peças teatrais
1.3 As peças radiofônicas
1.4 A voracidade da câmera-olho
Capítulo 2 – A experiência televisual
2.1 A colaboração com a BBC
2.2 A direção na SDR
Capítulo 3 - As tele-peças
3.1 As vozes da memória
3.2 Os fantasmas
3.3 As imagens da memória
3.4 A zona de ausência
3.5 A outra noite
Capítulo 4 - As transcriações
4.1 A boca verborrágica
4.2 As máscaras da morte
Capítulo 5 - A poética televisual
5.1 O domínio tecnológico
5.2 As relações intersemióticas
Editora: ANNABLUME, 2010
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