12 de dezembro de 2010

Napoleão Bonaparte vira Coronel Viravante aos olhos de Glauber Rocha

O acervo pessoal do cineasta baiano Glauber Rocha, atualmente arquivado no Tempo Glauber, fundação criada pela sua família, no Rio de Janeiro, está prestes a ser adquirido pelo Ministério da Cultura e será transportado para a Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
No conjunto estão os 22 filmes feitos por Glauber, além de 80 mil documentos, que incluem sua correspondência pessoal, roteiros de filmes, peças de teatro, poemas e romances.

Deste total, 223 roteiros e projetos de livro permanecem inéditos.

Segundo o ministro da Cultura, Juca Ferreira, a compra está praticamente fechada e deve ser anunciada até o final do mês. “A família tem plena noção da importância de Glauber para a cultura brasileira, e nós temos condições melhores para preservar este material’’, diz.

De acordo com Ferreira, a negociação faz parte de uma política maior de aquisição de acervos do cinema brasileiro por parte do ministério, que vai disponibilizá-los ao público na Cinemateca.

“Boa parte da memória do cinema nacional se perdeu, porque a preservação sempre foi precária. E, hoje, na Cinemateca, temos os melhores equipamentos do mundo para isto’’, diz.

A Cinemateca está restaurando o filme “O Leão de Sete Cabeças’’, feito por Glauber em 1970. Será relançado em cópias de 35 milímetros. Em julho deste ano, o ministério adquiriu o acervo da Companhia Atlântida Cinematográfica, com mais de 60 longas-metragens produzidos entre 1942
e 1974.

Papéis revelam roteiro inédito sobre Napoleão Bonaparte

O último projeto do cineasta Glauber Rocha (1939-1981) era fazer um filme inspirado na vida de Napoleão Bonaparte (1769-1821). Um mês antes de morrer, ele escreveu um roteiro em francês, até hoje inédito, com as principais ideias do longa. Também mencionou o tema em cartas a
amigos.

Há algumas semanas, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, encontrou em sua biblioteca mais uma peça que ajuda a remontar esse projeto: a versão italiana do livro “O Império de Napoleão’’, de Stendhal (1783-1842), com anotações e rasuras feitas pelo cineasta.

A obra chegou às suas mãos em 1981, quando ele era presidente da Embrafilme. Glauber, que estava morando em Portugal, queria sensibilizá-lo a apoiar a produção. A estatal já havia patrocinado seu último filme, “Idade da Terra’’-cuja recepção pela crítica nacional e internacional foi terrível.

“Ele estava bastante deprimido por causa disto, mas falava de muitos planos’’, diz Amorim, que doou o livro à família de Glauber.

Os documentos não trazem uma ideia acabada e são, por vezes, contraditórios. Mas deixam claro que o longa teria muito pouco da biografia de Bonaparte e se prestaria a discutir temas comuns na obra
do cineasta, como liderança messiânica e revolução.

Nas margens do livro, ele anotou ideias gerais: “Os impérios materializam o inconsciente coletivo do povo através de seus patriarcas, que realizam as guerras purificadoras e fortificantes’’.

Também guardou, entre as páginas, um recorte de jornal falando de um leilão da Sotheby’s com armas do período napoleônico.

Já no roteiro, a história se passa nos anos 1980, num território “real e imaginário’’ chamado Trafalgar, na divisa entre Portugal e Espanha.




Reencarnação

O personagem central é Napoleão Viravante, proprietário de terras que se achava a reencarnação do general francês. Cercado por um exército de mercenários, ele pretendia conquistar a independência de seu país e dominar o mundo.

O texto é uma amostra típica do cinema conceitual de Glauber Rocha: “Na Caverna da Morte, protegidos por uma aranha gigante, estão guardados os títulos de propriedade de terra de Trafalgar’’. Irmã Vitória dos Ressuscitados, camponesa que fundou uma ordem religiosa, tem a missão de resgatá-los.

Em meio a intrigas políticas, Napoleão abandona sua mulher espanhola e decide se casar com uma amante africana. Napoleão é morto pela amante. O filme termina com um dançarino do balé Bolshoi assumindo o poder.

O roteiro, aparentemente nonsense, e com o qual o cineasta tentava levantar patrocínio na Europa, era apenas uma de suas ideias para este filme.

Antes de escrevê-lo, em carta a Celso Amorim, Glauber diz que já havia feito uma versão no Brasil, e pretendia fazer uma segunda.

“Este é o filme que vou fazer este ano, embora não saiba como [...] Se eu voltasse ao Brasyl, filmaria também “O Império de Napoleão’ com o título de “O Império de D. Pedro II’’’, escreveu. (Folhapress)

10 de novembro de 2010

Dom Quixote vira livro eletrônico interativo com YouTube e Facebook

Interfaz del Quijote interactivoDom Quixote acaba de ser disponibilizado como livro interativo pela Biblioteca Nacional da Espanha (BNE), após o trabalho de digitalização que enfeitou a obra-prima espanhola com mapas e ilustrações da época.

A primeira edição do romance do "engenhoso fidalgo" da obra de Miguel de Cervantes (1547-1616), data de 1605 e 1615 em Madri e que agora, quatro séculos depois, pode ser lido como qualquer e-book, virando as páginas da tela, trocando o tipo de letra ou seu tamanho.

A novidade é que no trabalho de digitalização das 1.282 páginas da edição foram acrescentados diversos complementos para tirar mais proveito da obra. Estão incluídos mapas interativos de rotas com os itinerários das viagens de Dom Quixote, uma cronologia de fatos relativos à obra, seu contexto - a vida no século XVII, os livros de cavalaria
 - e seu autor, referências a outros livros da Biblioteca Nacional, ilustrações e gravuras da época e links para enviar trechos por e-mail ou Facebook. Além disso, é possível ouvir música e até "o som real das páginas" ao serem viradas.

À iniciativa sobre a obra-prima da literatura espanhola soma-se a apresentada Academia Real Espanhola da Língua (RAE) e pelo Youtube, que permite que internautas do mundo todo exponham nesse site vídeos com a leitura do livro.

7 de novembro de 2010

Klout mede nível de influência no Twitter

Você sabe quem são as pessoas mais influentes ou os tópicos mais quentes do mundo virtual? Será que o hollywoodiano aficionado do twitter Ashton Kutcher (@aplusk) influencia mais gente no Brasil que a ex-BBB Tessália (@twittess)? Eles são desconhecidos do grande público mas no twitter três dos quatro maiores "influenciáveis" usuários do mundo são do Brasil (por ordem de classicação): @VouConfessarQue, @LevanteaMao e @Sinceridades. Eles só perdem para o novo star da música pop-teen Justin Bieber @justinbieber 

O Klout é quem está computando tudo o que se passa na internet e criando uma pontuação de autoridade aos mais influenciáveis das redes sociais. Eles entendem isto como uma redefinição e mudança do monopólio da quantidade pelo da qualidade. Comece a entender esta intrincada engenharia digital na matéria abaixo que traduzi do jornal Globe and Mail:


Nas mudanças rápidas que acontecem no mundo da mídia social, a influência é cada vez mais importante e as empresas começam a prestar mais atenção em quem está conduzindo as conversações ao invés do número de conversas que estão acontecendo.

Em muitos casos, há mais ênfase na quantidade do que na qualidade.

Uma iniciativa recente que está atraindo muita atenção na influência do "ecossistema" é o Klout.com, que utiliza algoritmos sofisticados e análise semântica para medir a influência de pessoas e temas na web.

Klout estabeleceu uma forte posição dentro da esfera de influência com um serviço gratuito que mede a influência das pessoas no Twitter, dando-lhes uma pontuação de 0 a 100. A empresa recentemente expandiu o serviço para o Facebook, e planeja adicionar LinkedIn e Foursquare até o final do ano.

Recentemente, tive a oportunidade de entrevistar o fundador do Klout Joe Fernandez sobre o crescimento da empresa e do interesse crescente influência.

Binh Tran and Joe Fernandez da Klout

Conte-me sobre como e porquê fundou o Klout?

Já em 2007, eu usei o Twitter por um tempo. Eu gostei, mas eu fiz uma cirurgia maxilar e minha mandíbula estava completamente paralisada. Durante três meses, era a minha única forma de comunicação. Isto me fez mudar a forma como estava olhando para uma nova mídia, e como era louco saber instantaneamente as opiniões das pessoas que eu mais confiava, sobre um restaurante ou qualquer outra experiência que elas estavam tendo.

Ainda mais surpreendente de tudo isso era que todos esses dados estavam disponíveis. Enquanto minha mandíbula estava paralisada, eu estava obcecado com a idéia de construir a versão alfa do Klout, que era muito rudimentar – colocando dados no Excel. Eu havia co-fundado grandes companhias de dados e tinha essa experiência. Eu não sabia o que o Klout poderia ser, mas eu sabia que esses dados eram interessantes, e independentemente se eram marketeiros ou pessoas comuns desejando conhecer os seus próprios efeitos, isto era interessante.

Você está surpreso com o foco, se não obsessão, com a influência? Como você explica esta tendência?

Nós certamente não estamos reclamando. Eu adorei saber que a tendência mudou. As pessoas fariam um monte de contas antes – seguidores, menções... Mas eu acho que o mercado vai mais rápido e eficiente ao ponto quando as pessoas percebem que a qualidade importa! Nós acreditamos que o que estamos fazendo em compreender o valor da rede de relacionamento dos clientes, é saber o valor de ter 100 pessoas falando sobre sua marca, pessoas essas que não são realmente relevantes, contra ter duas ou três pessoas que têm muita autoridade e influência comentando sobre a sua marca.

Como tem evoluído o Klout?

Sempre houve a pontuação Klout. Era algo digerível para os consumidores ou marcas, e realmente fiquei focado em fazer essa pontuação o padrão. Mesmo antes que o site estavisse em beta público, tínhamos algumas empresas API que estavam usando. Obter distribuição em torno dessa pontuação, refinar a qualidade da pontuação, e torná-la padrão se tornou nosso objetivo. Até este chegar, uma das missões fundamentais da empresa tem sido tornar-se a contagem padrão da influência online.

Qual é o modelo de negócios da Klout?

Estamos ainda em fase experimental. Estamos jogando com um monte de modelos diferentes. Nós estamos ainda mais centrados nos desafios da tecnologia de processamento dos dados que estamos tratando... Há quase 850 empresas que estão utilizando nossa (interface), e menos de 10 estão pagando por isso. As maiores empresas estão batendo em nosso sistema, mas nós ensejamos no lançamento de uma grande variedade de serviços especiais pagos.

Mark Evans (tradução Hudson Moura)
Especial para Globe and Mail

19 de outubro de 2010

Viva o cinema brasileiro!... e Tropa de Elite 2


O ministro Juca Ferreira comemora "momento mágico" que o cinema brasileiro vive hoje. Segundo o ministro, o cinema brasileiro vive um momento mágico. Na semana passada entre os dias 7 e 14 de outubro, mais da metade das salas do país estava exibindo filmes nacionais. Essa marca histórica é liderada pela estréia de ‘Tropa de Elite 2’ e pelo desempenho de público de ‘Nosso Lar’. Esse feito, de grande significado cultural e econômico, é resultado de uma sintonia desses filmes com a sensibilidade do público brasileiro. Esse sucesso aponta caminhos para a indústria cinematográfica brasileira, combinando qualidade com grande capacidade para atrair o espectador. 


No lançamento de "Tropa de Elite 2", seguida de um debate com o diretor José Padilha e o ator Wagner Moura, alimentou discussões sobre cinema, mas colocou em cena, sobretudo, a política. Os políticos se enxergam no ridículo dos personagens. O público, por sua vez, se identifica com o sentimento de revolta generalizada. Não por acaso, o momento em que um deputado corrupto e falastrão é agredido pelo herói, provoca catarse na plateia e resulta em aplausos. "É uma reação emocional. Todo mundo se sente representado. Todo mundo já teve vontade de dar um tapa num deputado safado", disse Wagner Moura, sob risadas. Padilha, mais provocador, aproveitou a referência ao possível lado "fascista" do filme para acariciar a platéia. "Achar que o filme estimula a violência seria considerar vocês [o público] como pessoas pouco inteligentes, que vêem o filme e saem batendo em todo mundo na rua."


Apesar de todo o planejamento antipirataria para evitar que o filme “Tropa de Elite 2” estivesse disponível para download antes da estréia, como bloquear o acesso à internet de computadores que iriam editar o conteúdo filmado, não foi possível impedir que sites de torrents disponibilizassem o filme após a estréia. A qualidade dos arquivos não é das melhores e os próprios usuários de sites de torrents comentam sobre o material que baixaram. No Pirate Bay, por exemplo, usuários afirmam que a qualidade do filme é péssima e a imagem desaparece da tela em grande parte do tempo. Isso pode ser causado por usuários que levam filmadoras ou até mesmo celulares para gravar o filme dentro do cinema, gerando uma cópia com qualidade ruim tanto em áudio quanto em vídeo.

18 de outubro de 2010

Cinema Brasileiro tipo exportação!


O cinema Brasileiro implantou uma bem sucedida leva de festivais nacionais nos maiores centros urbanos do Canadá, Estados Unidos, Tanzânia, Italia, Japão, Nova Zelândia, somando mais de vinte festivais mundo afora.
Este mês tem festival brasileiro em Buenos Aires, Tóquio, Roterdã e Londres. O Brazil Film Fest fará quatro dias em Toronto (21 a 24 de outubro) e uma semana em Montreal (26 de novembro a 2 de dezembro). As diretoras Sandra Kogut ("Diário de uma Crise") e Tatiana Issa ("Dzi Croquettes") estarão presentes para apresentar seus filmes e conversar com o público. Entre os destaques da seleção, estão "Olhos Azuis", de José Joffily, e o documentário "Uma Noite em '67", de Ricardo Calil e Renato Terra.

13 de outubro de 2010

Lançamento: Cinema, Globalização e Interculturalidade

O livro Cinema, Globalização e Interculturalidade será lançado no  Rio de Janeiro no dia 18 de outubro às 19 h na Blooks Livraria ( dentro do Arteplex Unibanco de Cinema ) Praia de Botafogo 316 (tel: 25598776). O livro também pode ser adquirido diretamente pelo site da Argos Editora





Cinema, Globalização e Interculturalidade
Andrea França e Denilson Lopes, orgs.
Editora Argos da Unochapeco - Local, Chapeco, SC
401 pags preço: R$49,00
ISBN: 9788578970048

Sumário

Apresentação pelos organizadores
Módulo I: Cinema Mundial, Cinema Intercultural
Martin Roberts -  “Baraka”: O Cinema Mundial e a Indústria Cultural Global”
Hudson Moura - “O cinema intercultural na era da globalização”
Vicente Rodriguez Ortega - “Esclarecendo o conceito de Cinema Transnacional”
Denilson Lopes -  “Paisagens Transculturais”

Módulo II: Cinema, Periferia e Hibridismo,
Robert Stam - “Para além do Terceiro Cinema: Estéticas do Hibridismo”
Hamidy Naficy - “Definindo o Cinema com Sotaque”
Ângela Prysthon - “Outras margens, outros centros: algumas notas sobre o cinema periférico contemporâneo”

Módulo III:  Enunciados de Nacionalidade e Imaginários Transnacionais
Yingjin Zhang - “Cinema Chinês no Novo Século: perspectivas e problemas”
Anelise Reich Corseuil e Renata Wasserman - “Canibais viajantes”
Andréa França - “Imagens de itinerância no cinema brasileiro”.

Módulo IV: Recepção e audiência
Sheldon Lu, “Dialetos e modernidade no séc. XXI”
Mahomed Bamba, “O Cinema na África: dos contos ancestrais às mistificações cinematográficas”
Leo Goldsmith, “História, Tragédia e Farsa: ‘The President’s Last Bang’ nos circuitos dos Festivais de Cinema”

Módulo V:  Nas fronteiras da Memória, do Desejo e do Afeto
Laura Marks, “A Memórias das Coisas”
Rosanna Maule, “A dialética do desejo transnacional feminino em quatro filmes de Claire Denis”
Andrea Molfetta, “O que vi quando te vi? Os Diários de Viagem Sul-americanos sobre a França”

Esta coletânea não é apenas uma somatória de artigos dedicados ao tema do título. Ela pretende ser um registro de pensamentos e questões sobre as imagens cinematográficas contemporâneas, permeadas pelas experiências do exílio, da estrangeiridade, do nomadismo, do desenraizamento. A radical diversidade de abordagens sobre o tema é esclarecedora: há uma compreensão do desafio político e estético que é colocar em cena hoje aquilo que desaparece cotidianamente diante de todos nós (espectadores de imagens), isto é, a possibilidade de um mundo comum que possa incluir aqueles que dele estavam e estão excluídos por diferentes razões.

Para além da história e da teoria do cinema, também presentes aqui, os quinze artigos de pesquisadores e professores de diferentes instituições, nacionalidades e países exploram sobretudo as múltiplas conexões entre imaginário, economia globalizada, mídia de massa, cultura e memória coletiva. Sendo o cinema contemporâneo o meio eleito para  alavancar estas questões, diálogos e conexões interdisciplinares, não há outro sentido neste livro senão a pergunta que o atravessa: como falar de interculturalidade através do cinema? O que mostrar? Quem olha quem? Quem mostra o quê? O que é mostrado, o que é escondido? Onde estou no olhar do outro, dentro da mise en scène do outro? Questões de cinema que são muitas vezes retomadas.

Se a engrenagem da globalização é abolir o dentro e o fora, apagar as fronteiras, ser inclusiva e prosperar incorporando em suas esferas cada vez domínios de vida mais variados e maiores, o que se lê nestes ensaios são reflexões estéticas, econômicas e políticas a respeito desse modelo que tem por característica excluir massas inteiras dessa pretensa universalidade. São cinemas – da Ásia, da África, das Américas, da Europa - que falam de um mundo de conexões, redes, associações freqüentes e mutantes, ao mesmo tempo que narram experiências de solidão, diásporas e despertencimento.

 Autores como Hamid Naficy, Rosanna Maule, Laura U. Marks, Yingjin Zhang, Leo Goldsmith, Sheldon Lu, entre outros que pela primeira vez são traduzidos para o português, trazem para o leitor uma obra que discute a emergência do imaginário global através do cinema e sua relação com as dimensões culturais da globalização econômica. Dividido em blocos temáticos, este livro discute a projeção cinematográfica de imaginários nacionais e os modos de circulação destas imagens, o lugar da memória e dos afetos no cinema transcultural, a invenção de enunciados de nacionalidade através destas imagens. É, de fato, um conjunto riquíssimo de olhares, pensamentos e indagações que só o cinema contemporâneo pode provocar quando tensiona os discursos correntes da televisão e das mídias de massa.


11 de outubro de 2010

Pesquisa de opinião: Quem precisa delas para eleger ou decidir seu candidato a presidência do Brasil?

O Roda Viva entrevistou na semana passada a especialista em pesquisas de opinião Márcia Cavallari. O programa perguntou questões como Pesquisa de opinião eleitoral funciona? Acerta? Erra? Tem influência no resultado das eleições? Os institutos de pesquisa são todos culpados ou são todos inocentes? Os institutos de pesquisa e seus metodos de trabalho surpreenderam nos resultados:
• Dilma Rousseff teve menos votos do que o previsto nas ultimas pesquisas, inclusive na boca-de-urna.
• Marina Silva teve muito mais, chegou a quase 20% e provocou o segundo turno.
• Serra cresceu na reta final, fato despercebido por todos.

Afinal até que ponto precisamos saber do resultado destas pesquisas para decidirmos nosso voto? Essas pesquisas não deveriam serem restritas aos candidatos interessados e não alardeados como a coisa mais importante de uma campanha eleitoral para presidente? E se a mídia alardeasse as propostas dos candidados ao invés de uma bomba midiática que a qualquer momento vai mudar os rumos à partir de pesquisas de boca de urna?

28 de setembro de 2010

Prêmios para o cinema brasileiro em Toronto

O documentário sobre o cantor Herbert Vianna e o curta sobre um garoto argentino fanático por futebol ganharam os prêmios de público do 4° Festival do cinema brasileiro de Toronto que terminou este domingo. Os atores Leonardo Medeiros e Glória Pires foram premiados por suas interpretações. Veja abaixo a lista completa dos premiados:


Longa-metragem
Melhor Filme - B1
Melhor Ator - Leonardo Medeiros (Budapeste)
Melhor Diretor - Walter Carvalho (Budapeste) / Felipe Braga e Eduardo H. Moura (B1)
Melhor de público - Herbert de perto / B1
Menção Honrosa - Atriz - Glória Pires (Lula, o filho do Brasil)

Curta / média-metragem
Melhor Diretor - Alê Camargo e Camila Carrossine (Os anjos do meio da praça)
Melhor de Público - Ernesto no país do futebol

Vencedor do terceiro Up to 3´

Buba e o Aquecimento Global

Vale a pena ressaltar o sucesso do filme Dzi Croquettes (fora da competição) na estréia da sessão Pink Brazil do BRAFFTV, com aplausos no meio da sessão lotada de brasileiros e canadenses.

25 de agosto de 2010

Oficina de Cinema e lista de filmes do BRAFFTv 2010



Sai a lista dos filmes selecionados para o 4° BRAFFTv - Festival de Cinema Brasileiro de Toronto
Dez  filmes disputam o troféu Golden Maple nas categorias Melhor Ator, Atriz, Diretor, Filme e Público. Os filmes recebem os votos do público no final de cada exibição.





Cinema Brasileiro Contemporâneo: 
De Nelson Pereira dos Santos à Fernando Meirelles
Prof. Dr. Hudson Moura

Uma tarde na companhia da recente produção do cinema brasileiro. O objetivo desta oficina é compreender o contexto cultural brasileiro e discutir as questões nacionais que afetam e regem o cinema brasileiro nesses últimos sessenta anos. Os atuais programas internacionais de co-produção e o sistema de financiamento no Brasil será comparado com as experiências recentes do cinema canadense e latino americano.


Dia: Sexta, 24/09/2010
Hora: 15h – 17:30h
Local: Innis Town Hall – Universidade Toronto
2 Sussex Ave. Toronto, Canada

Inscrição Gratuita. Vagas Limitadas.
Interessados por favor enviem uma mensagem para workshop@brafft.com



24 de agosto de 2010

8º Congresso Brasileiro de Cinema e Audiovisual





8° CBC ANÚNCIO

Com o tema “O que nos separa já sabemos, mas o que nos une?”, 
o evento será realizado de 12 a 15 de setembro, em Porto Alegre (RS).


No último dia 11 de agosto, durante o 38º. Festival de Cinema de Gramado, aconteceu o lançamento oficial do 8º. Congresso Brasileiro de Cinema e Audiovisual. Estiveram presentes no evento o presidente do CBC, Rosemberg Cariry; a Diretora Financeira, Edina Fujii; o Diretor de Articulação e Comunicação, João Baptista Pimentel Neto; o Diretor Executivo, Cícero Aragon e o Diretor de Projetos e Captação de Recursos, Antonio Leal.


O Congresso deste ano, que será realizado no próximo mês de setembro, em Porto Alegre, visa articular e agregar uma discussão ampla entre os mais diversos segmentos do audiovisual brasileiro. Profissionais e especialistas de todo o Brasil, analisarão e debaterão temas como produção, infraestrutura, film commission, coproduções internacionais, pesquisa, preservação, crítica, políticas públicas, novas mídias, convergência, exibição, direitos autorais e direitos do público, formação, etc.
Sob o tema “O que nos separa já sabemos, mas o que nos une?”, o 8º. Congresso Brasileiro de Cinema e Audiovisual abre suas discussões a todos os interessados, associados ou não ao CBC.
“Será sem dúvida nenhuma a grande discussão ampla e agregadora das diversas cadeias e segmentos que abrangem o audiovisual em seus aspectos mais amplos. Abrindo-se a palavra audiovisual como guarda-chuva para abrigar a produção de filmes, vídeos, desenhos animados, programas e seriados de TV, jogos eletrônicos, softwares, músicas, conteúdo para telefonia móvel e para todas as convergências digitais, em trânsito, na revolução tecnológica contemporânea”, afirmou o cineasta Rosemberg Cariry, presidente do CBC.  “Destas discussões sairão propostas e diretrizes que certamente nortearão a atividade para os próximos anos” concluiu.
É significativo o fato do 8º. Congresso Brasileiro de Cinema e Audiovisual ser realizado em Porto Alegre. Isto porque, em 2010, comemoram-se exatos 10 anos da realização do 3º. Congresso, que foi um marco histórico da integração dos profissionais e das diretrizes do setor, evento este também realizado pela FUNDACINE na capital gaúcha.
Nesta edição, o Presidente de Honra será o cineasta Nelson Pereira dos Santos, um dos nomes mais respeitados, premiados e reverenciados da cinematografia brasileira.
Serviço:
8º. Congresso Brasileiro de Cinema e Audiovisual
De 12 a 15 de setembro de 2010.
Hotel Plaza São Rafael, Av. Alberto Bins, 514
Porto Alegre – RS

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