
O tratamento do filme é quase antropológico, pois se baseia nas pesquisas e andanças de Matsushita durante quatro anos nas terras bolivianas. A cada viagem e contato com as comunidades, o roteiro foi se modificando e acrescentando antigos mitos e lendas – mistificando ainda mais o cotidiano local. Ele criou assim um roteiro de situações “épicas e ancestrais” e pediu às pessoas da região, que se tornaram atores do filme, para improvisarem os diálogos – já que o diretor não fala quíchua e pouquíssimo espanhol. Toda a equipe de produção do filme foi composta também por técnicos locais somando assim mais uma das subjetividades dos bastidores da trama.
O grande encontro entre essas duas culturas (boliviana e japonesa), aparentemente distantes, reside na maneira como elas interagem com a natureza. Segundo o diretor, existe uma grande espiritualidade que vem do contato e do respeito com a terra, daí o título, Pachamama – terra mãe. “Eu espero que esse menino passe a sua cultura e língua Quíchua para as gerações seguintes” afirmou Matsushita.
O filme que passou recentemente em Vancouver no Festival Internacional de cinema quando Matsushita concedeu esta entrevista, seguiu logo após para a Mostra de cinema de São Paulo.
Tweet
Um comentário:
Nossa.. Pelo que li, parece fantástico.
Não conhecia o filme. Vou procurá-lo.
Postar um comentário