28 de junho de 2007

Paris Hilton: Fenômeno midiático... e cultural?

A herdeira do império de hotéis Hilton e "party girl" americana Paris Hilton é o nome do momento na impressa mundial. Fãs ou detratores todos querem saber o que ela faz e com quem ela está. Principalmente agora após o seu encarceramento de 23 dias por conduzir em estado de embriagues e reincidir contra a decisão da corte. Duas notícias sobre ela nos chamaram atenção nos últimos dias. A primeira foi o vídeo Paris in Jail, que parodia Hilton como "dublê" de cantora, que atingiu a impressionante marca de 7 milhões de exibições em duas semanas. A segunda foi a primeira entrevista pós-prisão ontem à noite na rede americana CNN.

O primeiro fato é apenas engraçado, mas ao mesmo tempo mostra o fascínio e a força midiática da personagem Hilton na impressa atual. No ar desde o início do mês, veja o vídeo abaixo, os criadores do vídeo-clipe, Allan Murray e Sean Haines da Omovies.com, fizeram uma canção parodiando uma música de Hilton, com bastante humor e crítica sobre as últimas peripécias da socialite. Em pouquíssimo tempo o clipe bateu recordes de audiência no Youtube e continua sendo um dos mais vistos.



Outro fato que chamou atenção foi a entrevista com o jornalista Larry King da CNN ontem à noite (27/6). Não a entrevista em si, que foi bastante condescendente e permitiu a Hilton de se redimir frente ao público americano. Durante uma hora de entrevista, a socialite leu vários trechos de seu "diário" de prisão, onde faz uma reflexão dos seus atos e se diz hoje uma pessoa madura e bastante diferente daquela que foi presa dias atrás.

A controvérsia da entrevista aconteceu nos bastidores que a antecedeu. A questão é que para obter esta entrevista exclusiva, a primeira de Hilton fora da prisão, King cancelou a entrevista com o documentarista Michael Moore marcado para o mesmo dia. Moore lança esta semana seu novo documentário "Sicko", onde faz sérias acusações contra o sistema de saúde americano, incluindo as seguradoras privadas. Veja o trailer oficial do filme:



King que é considerado um dos bastiões da impressa televisiva "séria" dos EUA, se curvou à anorexia da "bela" herdeira, e se rendeu aos seus encantos "literários". Como podemos entender este episódio: Isto é apenas um serviço à informação ou estamos transformando e institucionalizando esses fatos “burlescos” como Paris Hilton em eventos culturais? A impressa não está levando o entretenimento à sério demais?




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